É
possível hajas despertado para a nova fé, sob enormes dificuldades.
Guardas,
talvez, a impressão de quem se vê defrontado por asfixia num cipoal...
A
primeira atitude, em favor da própria libertação — não te fixares nas
crises e nos entraves e sim sair deles honrosamente pela aplicação ao trabalho
nobilitante.
A
Divina Sabedoria nos confere o benefício da prova, para que venhamos a
superá-la e assimilá-la, em forma de experiência, nunca no objetivo de
confundir-nos ou arrojar-nos ao desalento.
Se
te encontras doente, reflete na lição que te é concedida, valendo-te dela para
edificar espiritualmente nos irmãos que te assistem e, sob a desculpa de que
sofres mais que os outros ou de que tens pouco tempo de vida, não te demandes
em excessos ou irritações.
Se
te observas em pauperismo, não incrimines a ninguém pela estado de carência que
atravessas, nem te revoltes contra as vantagens que favorecem os outros, mas
sim, ergue-te, em espírito, e, quanto possível, esforça-te para que a
diligência no desempenho das próprias obrigações te faculte novas perspectivas
de reabilitação e progresso.
Aceita
o concurso alheio, que todos nós precisamos do entendimento e do amparo uns dos
outros, no entanto, desenvolve os teus próprios recursos.
Não
creia que possas desfrutar, em caráter permanente, de benefícios que não
plantaste.
A
luz de um amigo clarear-te-á o caminho, por algum tempo, entretanto, se queres
sobrepor-te definitivamente ao domínio da sombra, é forçoso possuas a tua
própria lâmpada.
Obstáculos
são desafios renovadores.
Ouvi-los
e aproveitá-los é obrigação que a vida nos atribui.
(De
“No portal da Luz”, de Francisco Cândido Xavier
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