A Caminho da Luz

sexta-feira, 28 de junho de 2013

PODEM ACHAR QUE É, MAS NÃO É!

PODEM ACHAR QUE É, MAS NÃO É!
Vocês acham que o Mundo Espiritual é um orbe em que tudo esteja pronto e acabado?! Podem achar que é, mas não é! Aqui, aonde sobrevivemos, e, provavelmente, aonde vocês irão sobreviver após a morte do corpo, não é a beleza que se imagina, não! Esta beleza pode existir um pouco mais para cima, mas por aqui, não!...
Assim como os nossos irmãos encarnados se encontram lutando para construir uma Terra melhor, nós os desencarnados estamos lutando para construir um Mundo Espiritual melhor.
É grande equívoco pensar de outra maneira.
Do Abismo à Terra, e da Terra às Dimensões além, o espírito prossegue trabalhando no aperfeiçoamento de si mesmo e da vida em torno.
Mesmo em “Nosso Lar”, que já tivemos oportunidade de dizer que, em relação às cidades existentes no mundo, se trata de uma cidade futurista, com muitos problemas sociais quase equacionados, ainda há muito para ser feito.
A Dimensão Espiritual onde, por assim dizer, tudo poreja perfeição, é desconhecida por nós outros – para nós, por enquanto, trata-se de um sonho distante!
Por agora, nem mesmo conseguimos que se concretizasse para nós a cidade que, em seu “A República”, Platão idealizou – “Nosso Lar” tenta copiar-lhe a inspiração, mas, se assim posso me expressar, não se trata de uma cidade definitiva.
Portanto, não imaginem que, em desencarnando, vocês, sem mais nem menos, venham parar numa comunidade que não auxiliaram a construir – a morte não nos confere este prodígio, como, aliás, nenhum outro que possamos auferir sem esforço legítimo.
Deixando o corpo carnal, a não serem aqueles que possam transcender um pouco mais, vocês, logo passem por breve período de refazimento, terão uma vassoura a esperá-los...
E não adianta reclamar. Não terão asas, não volitarão, não exercerão a telepatia fácil, enfim, não verão nenhuma de suas limitações superadas, desde que, efetivamente, não tenham sido superadas.
O preguiçoso continuará preguiçoso, o manhoso, manhoso, e o malandro, malandro...
Esta história de que a morte fará com que os injustos se sentem no banco dos réus, é mais consolo para os injustiçados e alento para os que porfiam na difícil conquista das virtudes, do que fenômeno real que se lhes desencadeie de imediato.
Aqui, no Mundo Espiritual, a Justiça Divina, para se efetivar aos culpados, ainda não dispensa a justiça dos homens desencarnados – por isto que, deste Outro Lado, temos tribunais e cadeias para quantos a eles façam jus!
Seria uma bênção para ele que o espírito de um criminoso, por exemplo, ao deixar o corpo, se entregasse a uma espécie de arrependimento, que o induzisse a imediata reparação de seus erros. Infelizmente, isto não acontece, talvez, para a maioria, que continua vivendo à margem da lei.
Então, meus caros, o Mundo Espiritual não é um conto de fadas... É um mundo habitado por homens – alguns melhores, outros piores, e raros que, por seus méritos, se destacam dos demais.
Quem tira uma camisa do corpo, a vira do avesso e coloca no guarda-roupa, na ilusão de que esteja guardando uma camisa limpa, está guardando uma camisa suada!
O Mundo Espiritual é assim: vocês vestirão a camisa de seu lado avesso, ou o contrário, mas ela ainda estará impregnada daquele cheirinho de suor que se verte na Terra!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 20 de maio de 2013.
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