ONDE ESTÃO VOCÊS?!
Os espíritas, em face do progresso
vertiginoso da Ciência, carecem de mais bem se preparar para os desafios do
futuro, que, a cada dia, em caudal ininterrupto, continua chegando.Se o Espiritismo deseja manter a sua atualidade, ele necessita prosseguir dialogando, sem preconceitos, com todas as áreas do Conhecimento humano.
A Doutrina, temo-lo dito sempre, não é obra acabada – ela não significou, quanto não significa, mais do que pequena abertura para a Grande Verdade, à qual, o homem haverá de ter gradativo acesso.
Aqui, no Plano Espiritual, nós, os adeptos desencarnados da Terceira Revelação, com o intuito de lhe ampliar os conceitos, continuamos estudando e, sorrateiramente, como Prometeu, tentando escalar o Monte Olimpo, no tentame de roubar o fogo dos deuses para dá-lo aos mortais...
Não existem fronteiras ao pensamento.
Após o período da Codificação, com Kardec, e as obras notáveis da lavra de León Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, e outros, bem como o admirável trabalho mediúnico levado a efeito por Chico Xavier, têm-se a impressão que a Doutrina entrou numa espécie de marasmo filosófico.
Explicamo-nos. Muitas inteligências brilhantes, atualmente corporificadas na Terra, militando dentro do Movimento Espírita, têm se revelado excessivamente tímidas na exposição de seus pensamentos – muitas, inclusive, com injustificável receio de crítica, se retraem, entregando-se à enfadonha repetição daquilo que já foi dito.
Poucos são os médiuns que verdadeiramente estudam, a exigir de nós, os desencarnados que com eles entramos em contato, que lhes descortinemos novos rumos ao próprio aprendizado.
Raros, por sua vez, os estudiosos encarnados, com suficiente independência de ideias para desgarrarem-se da ortodoxia vigente, que vela por uma suposta pureza doutrinária, e se atirarem ao campo da pesquisa livre de dogmas.
Tenho a sincera opinião – e aqui nada de pessoal contra quem quer que seja – que o chamado Movimento de Unificação vem sendo um entrave ao maior avanço da Doutrina, provocando sim o seu engessamento, através da uniformização que deseja na ânsia de polarização do poder.
Em termos de comando, um Espiritismo acéfalo, seria melhor que um Espiritismo bucéfalo, como, infelizmente, ele vem mostrando pelas suas supostas lideranças.
Talvez, a esta altura de nossas ponderações, muitos estejam se perguntando: - Por que, no entanto, o Mundo Espiritual não provoca uma mudança radical no rumo das coisas?...
A resposta é simples. Para tanto, carecemos dei intermediários, e onde estão aqueles com suficiente coragem para permitir que a nossa voz ecoe pelos seus lábios?!
Onde estão os que já se desabituaram de dizer “amém” a tudo e a todos, com necessário discernimento e imprescindível responsabilidade para se aliarem aos mortos, e que já se encontram fartos de tanta mentira e tanta bandalheira em nome da religião?!
Se o Espiritismo não existir para fazer a diferença é melhor que o mundo continue com a sua indiferença para com ele.
E você, meu caro internauta, está sendo chamando a fazer a diferença entre os espíritas que, por conta de um cargo qualquer à frente de uma Federação ou de uma Entidade unificacionista, são capazes de vender a alma!...
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