O OURO
INTRANSFERÍVEL
“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças.”
— (APOCALIPSE, 3:18)
Sempre vulgares as aquisições de custo fácil.
Nada difícil ao homem comum perseguir as possibilidades financeiras, aliciar
interesses mesquinhos, inventar
mil
recursos para atingir os fins inferiores; entretanto, os que adotam semelhante
norma desconhecem o caráter
sagrado do
mais humilde patrimônio que lhes vai às mãos, abusando da posse para
sentirem-se, depois, mais empobrecidos
que
nunca.
A
recomendação divina é suficientemente clara.
Para que um homem se enriqueça, deve adquirir o ouro provado no fogo, fortuna
essa que procede das mãos generosas do
Altíssimo.
Somente essa riqueza espiritual, adquirida nas situações de trabalho árduo, de
profunda compreensão, de vitória sobre si
mesmo, de
esforço incessante, conferirá ao Espírito a posição de ascendência legítima, de
bem-estar permanente, além das
transformações
impostas pelo sepulcro, e apenas levará a efeito tão elevada conquista após
entregar-se totalmente ao Pai para a
grandeza
do Divino Serviço.
O
homem mobilizado pelo homem poderá, sem dúvida, receber volumosos salários.
Convenhamos, porém, que esses bens
se
transformam sempre ou algum dia serão transferidos a outrem pelo detentor
provisório. No entanto, quando o trabalhador
gasta suas
possibilidades no trabalho do bem, com esquecimento do egoísmo, desinteressado
de si próprio, colocando acima dos
caprichos
da personalidade os objetivos da Obra de Deus, lutando, amando, sofrendo e
entregando-se a Ele, adquire,
indiscutivelmente,
o ouro eterno e intransferível.
(De
“Caminho, Verdade e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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