Observando as festividades do Réveillon, pude ver toneladas de flores lançadas ao mar para Iemanjá e outras divindades como oferenda pedindo por dias melhores. Havia crianças, jovens e idosos, pessoas de todas as idades dedicaram os últimos minutos e os primeiros do ano novo para garantirem uma ajuda extra para os dias que estão por vir.
Naquele momento, pude ver também que muitas pessoas, ao terminarem suas ofertas, saíram de lá sem olhar para as outras pessoas, outros empurravam crianças que brincavam e alguns gritavam com os que atrapalhavam aquele momento. Sem falar nos embriagados e por ai segue. Cegos, conduzindo outros cegos – diria Jesus!
A busca de uma vida melhor é natural e justa a todas as pessoas e inevitavelmente, devemos buscar ajuda da Providencia Divina sempre. Mas é ilusão cremos que os espíritos devam realizar a nossa parte na construção de nossa própria vida.
Em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec na questão 525, pergunta aos espíritos superiores: - Os espíritos exercem uma influencia sobre os acontecimentos da vida?
Obtendo como resposta:
- Seguramente, visto que te aconselham.
E a questão prossegue: - Eles exercem essa influencia de outro modo que pelos pensamentos que sugerem, quer dizer, eles têm uma ação direta sobre o cumprimento das coisas?
Resposta: - Sim, mas eles não agem, nunca, fora das leis da natureza.
Em clara definição, podemos nutrir a convicção de que eles nos auxiliam sempre, no entanto, as leis da vida são inabaláveis. Quem não estiver de acordo com o cumprimento das leis de amor, de respeito aos semelhantes, e empenhando os próprios esforços para a construção da paz, não deve se iludir na espera de auxilio superior.
Mantendo na lembrança os esforços e a dedicação destinados em agradar as divindades sem fazer a parte que nos cabe para o êxito pessoal e a melhora do mundo a nossa volta, fico a pensar:
- Se Iemanjá atender... não entendo mais nada!
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