A Caminho da Luz

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Espiritualidade e o sentido da fé


 
Espiritualidade e o sentido da fé



Fé no sentido positivo é elemento fundamental para a harmonia de vida. No entanto, é importante acrescentar que fé por si só não nos completará. Precisamos também do esforço, exatamente o esforço originado na nossa fé. Este é o significado vivencial da fé. O que é fé, no entendimento de cada um de nós?  As respostas possíveis revelam a complexidade do tema, dada as diferentes conceituações, de onde será impossível nos separarmos, ou seja, das individualidades da cada um de nós, quando iniciamos a resposta dizendo: "Fé para mim é. . . "  Isto porque fé provém de nossos níveis mais elevados de consciência. Vamos, então, refletir sobre o tema?

Iniciando este diálogo, podemos dizer que fé é o poder de nossas convicções e expectativas, e quando emerge dispensa qualquer comprovação. Assim como o vento, que não vemos, mas podemos sentir, principalmente nestes últimos dias de frio na cidade de São Paulo, fé também não podemos ver, mas sentimos seus efeitos nas nossas jornadas de vida. Sendo assim, da mesma forma como a direção e a velocidade do vento determinam as variações do clima, a natureza de nossa fé molda a orientação de nossas vidas.

Fé negativa ou insuficiente nos previne das buscas, mesmo que seja o de encontrar o caminho certo, porque, quem de nós iria investir em algum esforço diante de algo considerado impossível? Exemplo: fé positiva é como entrar no carro, acionar a ignição do motor para colocá-lo em movimento, ou seja, estamos decididos na ação de ir para algum lugar; fé negativa é como entrar nesse mesmo carro, olhar em volta, e ficar pensando: "Será que vou agora, ou mais tarde?"

Fé positiva não cria pensamentos intermediários de dúvidas. Todos nós que já trouxemos nossos sonhos à realidade, sentimos confiança de que agindo dessa forma, encontraremos o resultado desejado!  Na ausência dessa confiança não nos colocaríamos em ação, ou então, levantaríamos tantas dúvidas que afinal teríamos nossos esforços sabotados. O tema das nossas duas edições anteriores - Espiritualidade - resistências ao crescimento espiritual - enseja também o exemplo de que as resistências ao crescimento espiritual, quase sempre colocam diante dos desafios de mudanças, atitudes de dúvidas, descrenças, desesperanças, procurando atalhos, ao invés de assumir o comprometimento com o processo de crescimento. Aí, no final, surgem as queixas e decepções dos resultados não alcançados. Faz sentido?

Onde a expectativa de resultado é a preocupação principal, com certeza será importante não só assumir atitude positiva, como também evitar as armadilhas dos atalhos, os quais ilusoriamente através de frases feitas prometem resultados imediatos.

Devemos sempre fazer o esforço que for essencial, deixando de lado o que não for necessário. É a chance que devemos nos dar! Nós, seres humanos espirituais, filhas e filhos de Deus, não estamos isentos desse princípio, incluindo os reinos mineral, vegetal e animal. Exemplo edificante pode ser observado com as tartarugas marinhas - a cada ano se repete idêntico ritual - número incontável delas vem à praia para depositar seus ovos. Dois meses depois milhares de tartarugas-bebês emergem. As tartarugas-bebês têm uma agenda definida - precisam voltar ao mar, de onde pertencem, para nadarem livremente e felizes nas frias ondas azuis do mar. O interessante é que, por analogia, nós, seres humanos espirituais, temos a mesma agenda. Como? Nascemos para viver a vida no amor, integridade, consciência, alegria e compaixão. No nosso coração jamais esqueceremos essa agenda. Correto?  Assim como as tartarugas marinhas, se quisermos viver nossa agenda de vida, temos que cumprir o ritual completo, sem atalhos.  Caso as tartarugas-bebês permaneçam na praia, perderão as chances da vida para a qual nasceram, de liberdade, de alegria e felicidade, nadando nas belíssimas profundezas do mar, encontrando seus pares. Inúmeras delas não conseguirão, por tornarem-se alimento das aves ou animais predadores, sempre buscando oportunidades. Continuando com nossa analogia, quando falhamos em exercitar o sentido da fé positiva e autêntica, sem atalhos ou frases de efeito, estaremos permanecendo na praia, nos distanciando dos nossos verdadeiros sonhos de coração.

Caroline Myss médica intuitiva, escritora espiritualista, autora de inúmeros livros dentre os quais, Anatomia do Espírito, nos diz: "O teste inerente na vida de todos nós é o desafio, para descobrir o que nos motiva a fazermos nossas escolhas, se é o medo ou o Divino. Todos iremos nos colocar diante desta dúvida, como sendo um pensamento espiritual, ou como resultado de uma doença física. Todos nós chegamos a um momento na vida que perguntamos: Quem é o responsável pela minha vida?"

A Alma sabe o que quer, e também como fazer acontecer! Ouvir a Alma, expressando confiança na sua sabedoria, será viver o sentido da fé positiva, que emergirá como resultado desta união.


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