Doses de escolha

Doses de escolha

  Uma coisa a vida tratou de mostrar é que tudo um dia termina, tudo um dia mudará e quando não muda elas acabam... Nossos melhores amigos vão nos decepcionar cabe a gente perdoar e nos dar uma segunda chance, pai e mãe tem todo direito de errar, afinal eles são pessoas comuns com erros e muitos desejos. Ah e uma boa consciência pesada, afinal eles sempre tem medo pois querendo ou não basta um errinho deles que logo surge a frase: “você não tem moral nenhuma para falar isso” outra coisa, a escolha é nossa, pai e mãe pode ate influenciar mas quem decide mesmo é a gente não adianta e quando a gente quer muito algo a palavra “Não” acaba sendo extinta não so do nosso vocabulário, mas de nossos limites.

   As vezes o nosso sofrimento pode muito bem ser evitado, quantas vezes perdemos tempo com pessoas e situações que não nos merecem? Posso ter um pensamento um tanto radical, mas quando nos envolvemos com pessoas que não prestam e que não nos merecem é porque nós mesmos não nos merecemos, não estamos a nos valorizar. Quando um empresário atrai para si pessoas más intencionadas em prejudicar-lhe é porque você próprio não sabe se valorizar, não sabe o seu limite ou melhor não se respeita, a gente atrai justamente o que somos, quando você tem uma verdadeira coleção de figurinhas repetidas, essas figurinhas sejam amigos ruins, companheiros imprestáveis e problemáticos, ou sócios salafrários é porque algo de errado está em você... precisa mudar urgentemente, penso que a gente só é enganado e iludido quando nos permitimos.

  Penso que dor, sacanagem e ciúmes tem que ser algo bem dosado, afinal sacanagem em excesso abri a porta para ate a infidelidade, ciúmes exagerado abre a porta para loucura, e dor em excesso abre a porta para a depressão mas os três juntos podem muito bem se transformar em um romance ou ate quem sabe numa poesia dessas bem “mel com açúcar” do Olavo Bilac mas só na poesia que o sofrimento é belo porque na vida real, sofrimento faz um verdadeiro estrago seja nas finanças, no sentimento ou na vida de muita gente.

  Assim como nos permitimos se iludir e ser enganado pelos outros, devemos nos permitir ser valorizados. Uma vez eu conversava com um amigo e o pior que muitos outros amigos tem a mesma opinião, penso que é sim uma opinião machista mas confesso que a macharada nesse assunto tem toda razão, um exemplo são as mulheres que só se apaixonam por cafajestes e depois saem dizendo que homem não presta, nisso temos que concordar se a pessoa se atrai por pessoas ruins não importa se é um relacionamento ou ate mesmo uma sociedade financeira, essa pessoa tem que refletir seriamente pois quando somos enganados uma vez ate que vai lá, já que podemos por a culpa no destino, dizendo que foi azar, olho gordo ou alguma urucubaca braba mas quando a pessoa passa toda a sua vida nesse joguete de ser vitima de vilões, está na hora de olhar para si e perceber que a vida não é um filme onde o Batman surge e nos salva dos coringas, mas que na vida é 100 coringas para apenas um Batman e somos nós que devemos sim, evitar e ate desviar dos coringas.

   Logicamente por mais espertalhona que alguém seja um dia ela irá ser enganada, afinal a vida não é so ganhos mas perdas também, mas a partir do momento que sua vida anda apenas em meio a perdas, sinto muito mas existe algo extremamente errado talvez você queira apontar o dedo para culpados e ate encontrará vilões e você fará o papel de vitima mas nessa vida faço que nem uma amiga, ela sempre diz que na vida não tem isso de vitima e vilão o que existe mesmo é escolha, se escolhemos nos envolver com as pessoas, escolhemos também nos expor a riscos mas cabe a alguns escolherem se proteger e saber que um dia tudo muda e tudo acaba. Possa ser que os nossos amigos se vão, o mundo todo se vire contra você mas cabe você não se virar contra si mesmo e como dizem “errar uma vez é humano mas errar duas vezes é burrice”.

   E aí você quer ser humano ou burro? Esta vendo na vida é tudo questão de escolha cabe muito bem você escolher em viver sendo vitima ou preferir ser esperto o suficiente e se prevenir contra os coringas da vida.