A Caminho da Luz

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O egoísmo


Dando continuidade sobre o ciclo de temas sobre as falhas morais, hoje falaremos sobre o egoísmo.

"11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.

É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.
EMMANUEL, Paris, 1861

12 – Se os homens se amassem reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve, a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo. O Cristo nunca se esquivava: aqueles que o procuravam, fossem quem fossem, não eram repelidos. A mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele, que jamais temeu prejudicar a sua própria reputação. Quando, pois o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse na Terra, o mal não dominaria, mas se apagaria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrai-vos bem disso.

Começai por dar o exemplo vós mesmos. Sede caridosos para com todos, indistintamente. Esforçai-vos para não atentar nos que vos olham com desdém. Deixai a Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.

O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados.
PASCAL, Sens, 1862"

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 11, itens 11 e 12)

O egoísmo é uma das maiores chagas da humanidade, juntamente com o orgulho.

Na doutrina espírita aprendemos o princípio: "fora da caridade não há salvação". Ora, se a caridade é dada como prioridade máxima para quem quer progredir e atingir a felicidade, o egoísta vai justamente no caminho oposto.

O egoísta (aquele que só pensa em si) e o egocentrista (aquele que quer que o mundo gire em torno de si) acham que só pensando em si, pondo os seus interesses em primeiro lugar é que serão felizes.

Na verdade estão muito enganados, não sabem a felicidade enorme que surge quando ajudamos a um coração amargurado pelo sofrimento.

Vivemos em sociedade justamente para nos ajudarmos mutuamente e através disso evoluímos.

Apesar de ser paradoxal, quanto mais nos dedicamos a ajudar ao próximo, mais felizes nos tornamos.

Não nos esqueçamos: para sermos felizes, não basta não fazer o mal. É necessário fazer o bem no limite de nossas forças.

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