TRANQUILIDADE
CONFIANTE
Deixa-te
arrastar pelas águas vivas da tranquilidade, certo de que atingirás o abençoado
porto da sublime destinação.
Vence, assim, os calhaus flutuantes em forma de malogro e solicitação inferior,
presos aos juncos das enfermidades deprimentes que, muitas vezes, te enleiam a
meio da jornada.
Quanto mais cuidas do mal, mais ele se acentuará.
A
lama valorizada no fundo do poço envilece a água pura que se demora
repudiada.
Da mesma forma, o charco que agasalha doenças e febres, quando drenado, ressurge
como terra acolhedora e produtiva a benefício da coletividade.
Se te deténs a examinar o adubo serás acometido de náuseas ante o fruto que
procede dele, através da árvore.
Observando as dificuldades a transpor, se te atemorizas com elas, não
avançarás.
É
indispensável valorizar apenas o bem que esposas, preservando o santuário íntimo
contra todas as formas de revolta a desdobrar-se em malquerença com os sequazes
que a cercam.
Amparado pelo comando da fé tranquila, operarás em todo lugar sob modalidade
diversa do comum, nas experiências terrenas.
Sabes por experiência que onde te situavas ontem não impera o crime nem o vício,
mas a ignorância e a enfermidade, no jogo das aflições desnecessárias.
Divisarás, assim, oportunidades de serviço onde antes vias motivo de nojo e
afastamento, cientificado de que, na faixa estreita da observação meramente
intelectual, tua apreciação resulta da pretensiosa exigência da maneira de
ver.
Sem te despires da crítica mordaz, improdutiva nos seus resultados, todos os
esforços redundarão inúteis nos empreendimentos cristãos.
Atrela os sentimentos às rédeas dos labores e, conduzido pelo amor, na sua
feição pura e simples, recorda Jesus, aprendendo com Ele a realizar
incansavelmente, retirando a cegueira dos olhos e extirpando o infortúnio do
coração, aprimorando-te e santificando-te, de vez que, não estando asserenadas
as ânsias do Espírito, não estarás capacitado para a experiência da
tranquilidade sob o comando da confiança plena.
(De “Messe
de Amor”, de Divaldo Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)
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