Dizes-te,
às vezes, pobre e sem recursos,
Entretanto, não
vês que trazes, ao dispor,
Um tesouro de vida superior,
Que podes
espalhar, começando de ti.
Ergue-se
de teu verbo o ensejo santo
De transmitir o bem a quem te
escuta
Exterminando o mal...Guardas, portanto,
A magia do Céu e o doce
encanto
Da voz que estende a paz e extingue a luta.
Tens nos olhos e
ouvidos sentinelas,
De modo a ver em ti e, em derredor,
Os males a vencer,
rixas e bagatelas,
Na construção do bem pela qual te desvelas,
Tens
nas mãos duas harpas prodigiosas
Capazes de entoar a melodia,
Da beleza,
do amor e da alegria,
Criando arte e cultura, luz e rosas
Dizes-te,
às vezes, pobre e sem recursos,
Que ninguém te sorri...
No entanto, tens
contigo, seja em qualquer lugar,
A bênção de servir e trabalhar,
A riqueza
mais alta que já vi.
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