ELES VIVEM |
Eles
vivem
Ante
os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero
te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos. Compartilham-te as
aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com a tua rendição aos
desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.
Eles
sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem o pranto da despedida e te
recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as
palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as
interpelações que articulastes no auge da amargura. Não admitas estejam eles
indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles
percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem
eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante,
amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrima quando tateias a
lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque. Pensa neles com a saudade
convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e
devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida.
Quanto
puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-á
contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio
e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles
és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te
disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas
na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano
material
Contempla
os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz
deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas
sim ao encontro de Novo Despertar.
Emmanuel
Psicografada por Chico Xavier
Psicografada por Chico Xavier
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