Natal em Nós
Nada na natureza põe-se como tempestivo e, ainda que assim o fosse, o produto da ação seria uma reação inadequada.
Assim é, para nós, o Natal que costumamos vê-lo como uma época de confraternização entre os povos e esquecemo-nos sempre dos demais Natais durante o ano.
Do ponto de vista que nos cabe, dos trabalhos na espiritualidade, o Natal é uma plantação diária.
O homem que muito se perde na complexidade das virtudes sociais, esquece-se, sempre, das lições simples a lhe iluminar a caminhada.
Natal não é simplesmente troca de agrados físicos e sentimentos, através de presentes diversos.
Natal deve ser encarado como renascer diário das almas que optam pelo discernimento do crescimento em Jesus.
Pomos, neste dia, a melhor roupa, o melhor sapato, o melhor perfume...
Comemos, neste dia, a melhor iguaria, o melhor Peru, o melhor prato...
Mas, concomitantemente esquecemo-nos que o Natal é, antes de tudo, o louvor à simplicidade a nós concedida por Deus, na pessoa do meigo rabi.
Não criticamos os que fazem do Natal expurgo de fatos malsãos criados durante o Ano, através de doações que, em parte, no quinhão de merecimento, tem sua valia.
Mas a vivência do Natal em nós vai além da troca do material pela leveza consciencial. É a depuração do ser a cada dia, a cada hora, a cada segundo, considerando que sempre é oportuno ver em nosso leito, arremedo de uma manjedoura.
Natal é uma época simbólica que traz ainda hoje muito o apego místico de evos que não temos acesso. Assim como temos o Natal Cristão, temos datas relativamente similares em outras linhagens religiosas humanas.
Ainda que com justificativas pertinentes, posto que Jesus não necessita de bajulações e sim de obreiros, há cerca de 1900 anos, repete-se sempre a mesma rotina como, da mesma forma, o homem permanece o mesmo, com, é claro, algumas melhorias e a iluminadas exceções.
Reflitamos sempre que à nossa volta, independente do rótulo que professemos a importância dos exemplos da simplicidade, do amor, da fraternidade e do desprendimento que Jesus tinha pelos seus iguais. Este deve ser o Natal em nós.
Acreditamos que o Natal deva ser momento de reflexão e não de glutonaria irresponsável para apetecer nosso EGO putrescível.
Assim, conquanto aprovemos uma ceia cordata em família, procuremos em nossos núcleos familiares, com o tempo, buscar no Natal o renascimento cada vez mais profícuo e generoso do CRISTO em nós.
Enfim jamais esqueçamos da máxima: “Glória a Deus nas Alturas e aos homens de Boa Vontade”.
Que o Mestre dos Mestres nos Abençoe!
André Luiz
 25/12/2012 10:30