Quando somos por demais apegados às coisas terrenas, não somos livres para voar com os anjos.
Praticamente todas as filosofias espirituais consideram o apego, sinônimo de sofrimento. Quando nos apegamos a alguma coisa ou a alguém, inevitavelmente acabamos sofrendo, porque, mais cedo ou mais tarde, teremos que deixar para trás todos os nossos bens terrenos. Afinal de contas, eles apenas nos foram emprestados.
As pessoas nos abandonam, quer pela morte, quer pelo afastamento.
Os bens materiais se desgastam, se perdem, são roubados, destruídos, ou deixados para trás quando morremos.
Enquanto nos agarrarmos às coisas e aos relacionamentos, estaremos correndo o risco de nos tornarmos prisioneiros da ilusão ou da preocupação.
Ou acreditamos, erroneamente, que eles são nossos para sempre, ou vivemos na sombra do medo de que os perderemos.
O oposto do apego, portanto, não é apenas o desapego, mas também a liberdade.
Quando somos capazes de apreciar as dádivas que nos foram emprestadas aqui na Terra, e também, de nos desligarmos delas no momento devido, experimentamos a liberdade de espírito que nos permite reconhecer e receber a próxima dádiva que nos está reservada.
Algo só é removido da nossa vida para abrir espaço para algo melhor.
Existe alguma coisa – objeto ou relacionamento – na sua vida, sem a qual você acha que não pode viver?
Experimente desligar-se das coisas que lhe são mais caras.
Imagine que elas deixaram sua vida.
O que poderia vir a substituí-las?
Reflexão Angelical:
Do mesmo modo como sou grato ao verão da realização, também sou agradecido ao inverno do renascimento.
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