Urge aproveiteis a presente reencarnação a fim de alcançardes a paz.
Vindes peregrinando por tormentosas experiências que hoje se refletem em colheita de aflições.
Transitastes por veredas quase impérvias, assinalando-as com a insensatez em forma de deboche em relação às Divinas Leis, e de desrespeito à oportunidade libertadora.
Recebestes o legado da Verdade, através da abnegação de luminares da Espiritualidade que, nos diferentes evos da História, assinalaram as conquistas humanas com a revelação imortalista, e, nada obstante, deixastes em plano secundário a proposta de iluminação interior, ante o prazer mesquinho e alucinante do gozo imediato e voraz.
Recebestes do exemplo de Jesus a mensagem incomparável do Reino dos Céus, e trocastes a diretriz libertadora pelos engodos terrestres.
Conhecestes mártires e apóstolos, com alguns dos quais convivestes.
Ouvistes o cântico de Assis e despertastes no Renascimento com a beleza da literatura e da arte, do conhecimento e das novas expressões de vida, para mergulhardes no abismo dos equívocos, transformando harmonia em desastre e equilíbrio em perturbação.
Veio Allan Kardec, o Apóstolo da Nova Era e reacendeu a pira para que a Verdade pudesse iluminar a grande noite, quando a ciência e a tecnologia, a filosofia e a ética davam-se as mãos para conduzir a sociedade, distantes do sentimento de religiosidade e de certeza na Imortalidade.
Hoje, porém, filhas e filhos da alma, é o momento de a tomardes como pão que vitaliza a alma, introjetando-a para a viverdes intensamente.
Já não se justificam as calamitosas situações de ontem, nem existem desculpas para novos desaires.
No passado, recebestes informações, mas hoje tendes os fatos que anulam todas e quaisquer propostas que se lhes opõem.
Esta reencarnação tem um profundo sentido libertador para vós e assim o dizemos porque somos, pessoalmente, o exemplo de todos esses equívocos que a mensagem da Doutrina Espírita libertou.
Também percorri as mesmas veredas que vós outros, acumulando graves consequências que o Evangelho de Jesus, interpretado pela mensagem espírita, conseguiu diluir, ensejando-me renovação.
É por isto que, ostentando as condecorações do sofrimento na alma que se recupera de gravames, aqui estou como porta-voz dos Espíritos espíritas que mourejaram na Federação Espírita do Paraná e na Pátria do Evangelho para conclamar a que segui intimoratos e intemeratos, sem olhar para trás, sem temer.
Não recalcitreis ante o aguilhão que vos impulsiona ao avanço.
Não temais as situações dolorosas que certamente enfrentareis como parte do processo de elevação.
Segui confiantes, instaurando na Terra o Reino de Deus através da vossa dedicação.
Conosco, sem nós ou apesar de nós, a fatalidade da perfeição será alcançada.
Não adiemos sine die esse momento de felicidade.
Encorajados pela certeza da sobrevivência e recordando os dislates das experiências transatas, programemos os futuros renascimentos em clima de paz, de amor, de fraternidade e de justiça.
Ide, pois, amados do coração, levando o archote que iluminará os vossos caminhos e ensejará claridade para os que vierem depois.
É vã a satisfação que passa e permanente a paz de consciência que se estabelece.
Desafiados pelos graves problemas deste momento na Terra, porfiai no Bem.
Vamos, resolutos, vencendo as nossas dificuldades, mas avançando sempre.
Entreguemo-nos ao Senhor, que desde há muitos milênios Se nos entregou em regime de totalidade.
Ide em paz, filhas e filhos da alma, e que o Senhor da Vida nos abençoe e nos guarde no Seu amor.
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
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