Casamento
O que você
pensa a respeito do casamento?
As respostas
para esta pergunta são as mais variadas.
Uns dizem
que o casamento é uma instituição falida. Outros afirmam que é coisa do passado,
que o moderno é viver o sexo livre, sem maiores compromissos.
Vejamos o
que os Espíritos responderam à questão proposta por Allan Kardec, em O Livro dos
Espíritos:
"Que efeito
teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento?"
"Seria uma
regressão à vida dos animais. O estado de natureza é o da união livre e fortuita
dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas
sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa
entre todos os povos, se bem que em condições diversas. A abolição do casamento
seria, pois, regredir à infância da humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo
de certos animais que lhe dão exemplo de uniões constantes."
Podemos
perceber, com essa resposta, que o casamento é uma excelente escola de
aprendizado para o casal e para os filhos que chegam através da sua união.
Todavia, o
que ocorre é que poucas pessoas se preparam convenientemente, antes do consórcio
matrimonial.
A ausência
desse cuidado, quase sempre ocasiona desastre imediato de conseqüências
lamentáveis.
Tentados por
paixões de variada ordem, que se estendem desde o apelo sexual até os jogos dos
interesses financeiros, deixam-se levar e caem nas armadilhas da própria
irresponsabilidade.
Podemos
perceber que o problema não está no casamento em si, mas na condução que nós
damos a ele.
Considerando
que o lar é a célula básica da sociedade, a característica de cada sociedade
será a resultante das características gerais das famílias que nela vivem.
Assim, se os
pilares que deveriam sustentar cada lar, desmoronam, a sociedade inteira se
ressente com as conseqüências. E se não há harmonia no lar, que é o embrião da
sociedade, não haverá sociedade harmonizada.
Ademais,
sendo o casamento uma grande escola para se aprender a arte do convívio, a
fraternidade, a solidariedade, o cultivo do afeto, se este não sobrevive, o que
podemos esperar da comunidade?
Infelizmente, o
que se pode constatar quando um casamento se desfaz, é a supremacia do
individualismo, do egoísmo, da tola vaidade, do orgulho e da prepotência de uma
ou de outra parte, ou de ambas.
O que
acontece é que geralmente os casais se esquecem das promessas feitas quando da
assinatura desse contrato de convivência mútua que chamamos casamento.
As promessas
foram as de ficar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na
riqueza ou na pobreza, mas juntos. E dificilmente o casamento mal estruturado
resiste aos primeiros golpes da dificuldade que se apresenta.
Os casais se
esquecem de que apenas algumas gotas de tolerância podem salvar e fortalecer a
união. Que a renúncia preserva o convívio e o torna mais sólido. Que o
esquecimento de um mal-entendido aproxima e engrandece os seres. E que o amor,
nas suas mais variadas expressões, é a ferramenta capaz de solidificar e
conservar a união dos seres por toda a eternidade.
***
O matrimônio
é abençoada oficina onde podemos aprender a tecer os mais lindos sonhos de
ventura e paz.
É a
oportunidade bendita de reatar os laços rompidos em existências passadas ou
estreitar o afeto iniciado com alegria.
O casamento
é experiência nobre que pode nos credenciar aos altos planos da Criação, ao
encontro da felicidade plena que tanto desejamos.
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