A Caminho da Luz

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Reuniões mediúnicas abertas ao público. Pode isso?

Reuniões mediúnicas abertas ao público. Pode isso?




Os neófitos em matéria de Espiritismo estranham, com razão, por que em alguns Centros Espíritas ainda se fazem reuniões mediúnicas abertas ao público e aos curiosos.

Com efeito, embora o fato tenha sido comum no passado, as sessões mediúnicas deveriam merecer hoje dos dirigentes espíritas uma maior atenção, sobretudo quando tantos autores sérios já se manifestaram relatando o que nelas ocorre e quais as suas altas finalidades.

Mais de um benfeitor espiritual tem-nos dito que uma reunião mediúnica, especialmente quando seu objetivo é o esclarecimento das entidades desencarnadas, assemelha-se a uma enfermaria, com recursos trazidos da Espiritualidade para tratamento das criaturas conturbadas e infelizes que ali comparecem. Não se compreende, pois, que seja ela aberta a curiosos, contrariando orientação específica feita por autores como Cairbar Schutel (“Médiuns e Mediunidade”, págs. 53 e 72), Carlos Imbassahy (“À Margem do Espiritismo”, págs. 239 e 240) e Spártaco Banal (“As Sessões Práticas do Espiritismo”, cap. VIII, pág. 37), antes mesmo do advento das obras de André Luiz no cenário editorial brasileiro.

Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, já havia tratado da questão quando respondeu aos que lhe propunham abrir ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, medida com a qual não concordou. (“Revista Espírita”, ano de 1861, pág. 140.)

Perguntaram a Divaldo Franco: “As reuniões mediúnicas devem ser públicas? Por quê?”

O conhecido médium e orador respondeu: “O Codificador recomenda pequenos grupos, graças às dificuldades que há nos grandes grupos, em relação à sintonia vibratória e harmonia de pensamentos. Uma reunião mediúnica de caráter público é um risco desnecessário, porque vêm pessoas portadoras de sentimentos os mais diversos, que irão perturbar, invariavelmente, a operação da mediunidade. Afirmam os Benfeitores que uma reunião mediúnica é um grave labor, que se desenvolve no campo perispirítico, e se a equipe não tem um conhecimento especializado, é compreensível que muitos problemas sucedam por negligência da mesma. A reunião mediúnica não deve ser de caráter público, porque teria feição especulativa, exibicionista, destituída de finalidade superior, atitudes tais que vão de encontro negativamente aos postulados morais da Doutrina.

“Mesmo nas reuniões mediúnicas privativas deve-se manter um número ideal de membros, não excedente a 20 pessoas, para que se evitem essas perturbações naturais nos grupamentos massivos. Onde haja um grupo mediúnico com grande número, que seja dividido em dois trabalhos separados (porque, em Movimento Espírita, na ordem do bem, dividir é multiplicar o benefício daqueles que se repartem). Igualmente é necessário que as pessoas sejam afins entre si no grupo. Por motivos óbvios, se estamos numa reunião mediúnica e não somos simpáticos a um indivíduo, toda a comunicação que por ele venha, os nossos recalques e conflitos põem-nos carapuças, acreditando serem indiretas a nós dirigidas. Se, por acaso, alguém não nos é simpático, quando ele entra em transe ficamos bombardeando: ‘Imagine o fingido; vê se eu vou acreditar nele!’ Formamos, assim, uma antena emissora de dificuldades para o companheiro que está sendo agredido pela nossa mente, porque desde que o indivíduo é médium, ele não o é exclusivamente dos espíritos desencarnados, mas também dos encarnados.

“O êxito de uma reunião mediúnica depende da equipe que ali comparece e não apenas do médium. Os Mentores programam, mas aquela equipe em funcionamento responderá pelos resultados. Nunca é demais recomendar que as sessões mediúnicas sejam de caráter privado.” (“Diretrizes de Segurança”, questão no 42.)

Reiterando as advertências de Kardec e dos autores mencionados, André Luiz adverte: "Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a inoportunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza." (“Desobsessão”, cap. 18.)

E disse mais o conhecido autor espiritual:

“O serviço de desobsessão não é um departamento de trabalho para cortesias sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas dificuldades atormentam.

“Ainda assim, há casos em que companheiros da construção espírita-cristã, quando solicitem permissão para isso, podem ter acesso ao serviço, em caráter de observação construtiva; entretanto, é forçoso preservar o cuidado de não acolhê-los em grande número para que o clima vibratório da reunião não venha a sofrer mudanças inoportunas.

“Essas visitas, no entanto, devem ser recebidas apenas de raro em raro, e em circunstâncias realmente aceitáveis no plano dos trabalhos de desobsessão, principalmente quando objetivem a fundação de atividades congêneres. E antes da admissão necessária é imperioso que os mentores espirituais do grupo sejam previamente consultados, por respeito justo às responsabilidades que abraçam, em favor da equipe, muito embora saibamos que a orientação das atividades espíritas vigora na própria Doutrina Espírita e não no arbítrio dos amigos desencarnados, mesmo aqueles que testemunhem elevada condição.” (“Desobsessão”, cap. 21.)


Verdade Libertadora




Verdade Libertadora

  No dia 5 de fevereiro de 2004, vinte catadores de conchas chineses não voltaram para celebrar a festa do último dia do Ano Novo Chinês.

Eles jamais voltaram para suas famílias e seus amigos, para a sua terra natal. Morreram no mar frio de um país estranho.

  Eles ligaram para suas famílias, quando as ondas geladas lhes chegaram ao peito, disseram que iam morrer.

Mas não discaram o número que lhes permitiria serem socorridos. Eles desconheciam que existia.

  Para fazer um trabalho muito perigoso, ganhavam muito pouco de seus patrões, que lucravam bastante.

Perto do lugar onde morreram, havia placas de advertência sobre areia movediça e marés perigosas.

  Mas eles não as puderam ler. Não falavam, nem liam inglês.

Eram imigrantes chineses ilegais na Inglaterra, mas tinham necessidades humanas básicas e deviam ter direitos humanos básicos para os proteger.

  Por que não tinham?
  Foram atraídos para o alto-mar por sonhos de ouro e pela ignorância.

—  Vinham de um país que não tinha:

  Um sistema legal independente antes de 1992.
  Nem um sistema de previdência social.

Sua terra está melhorando e se desenvolvendo, mas para aqueles vinte catadores de conchas é tarde demais.

Há mais de vinte séculos, um Sábio andou pela Terra e asseverou:
—  "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

  Sem adentrarmos os painéis filosóficos para decifrarmos o que é a verdade, podemos traduzir, para a realidade do agora, que o que o Grande Mestre estava ensinando é a necessidade do conhecimento.

Em Sua sabedoria ímpar, referia-Se Jesus ao conhecimento geral, não somente às questões espirituais.

  Conhecendo, o homem debela enfermidades, aperfeiçoa tecnologia, não se permite ser presa dos maus.

Os dominadores, através dos séculos, têm buscado manter o povo na ignorância, pois mais fácil de ser manipulado. Durante séculos, aprender a ler foi exclusividade dos homens ricos e poderosos.

  Mesmo em questão religiosa, séculos se escoaram em que os livros bíblicos eram privilégio dos que viviam nos conventos e seminários.

Foi necessário que um grande missionário viesse à Terra e desse sua contribuição para a tecnologia da impressão e da tipografia, para mudar esse quadro.

  Nascido na Mogúncia, no século XIV, Gutenberg inventou os tipos móveis de metal, melhorando o tipo de impressão já em uso na Europa.

—  Aperfeiçoando tintas:

  À base de óleo para melhor usá-los,
  Aperfeiçoou ainda uma prensa gráfica,
  Inspirada nas prensas utilizadas para espremer as uvas.

—  A partir de então, de forma paulatina, o livro foi se tornando popular.

  Ler,
  Instruir-se,
  Informar-se,
  Ilustrar a mente.
  Conhecer a verdade.

Como se faz importante a leitura e o estudo!

  Pensemos nisso e aproveitemos a oportunidade de saber, para construir mais rapidamente a nossa própria felicidade.


O Espiritismo é uma religião?


O Espiritismo é uma religião?




Certamente a questão proposta no título deste artigo já foi amplamente discutida e abordada por inúmeros confrades espíritas, todavia, gostaria de trazer à baila as reflexões do próprio codificador, Allan Kardec, sobre o assunto em pauta.

Na Revista Espírita de dezembro de 1868, Allan Kardec inicia o artigo enaltecendo a importância das assembleias religiosas, das reuniões coletivas nos templos religiosos, porque estão de conformidade com a proposta do Cristo
: “Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, aí estarei com eles” (Mateus, XVIII, 20).   

São inquestionáveis os resultados que se produzem quando há a comunhão de pensamentos, sobretudo quando alicerçados num ideal comum, que é de estudar, refletir, aprofundar-se sobre as propostas morais de Jesus.

Quando estamos no templo religioso, obviamente o nosso real objetivo deve ser de busca do sentido da vida, de fortalecimento moral, de reflexão em torno das questões espirituais ali tratadas, para que possamos nos transformar intimamente para melhor, tendo o amor vivido e pregado por Jesus como meta maior.

Em grupo de pessoas esse objetivo se torna mais factível, porque notamos que há inúmeros indivíduos com as mesmas lutas morais que nós, buscando a superação dos vícios, da ignorância e dos próprios limites morais, e saímos dos templos religiosos motivados por essa energia coletiva e pela comunhão de pensamentos.

Nesse sentido, Allan Kardec afirma que: “
Sendo a vontade uma força ativa, esta força é multiplicada pelo número de vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número de braços”.

Joanna de Ângelis assevera que muitos buscam a religião mais por formalidade, pressão social ou exigência familiar, portanto, nota-se que estes, porque desconectados do ambiente religioso, terão dificuldades em atingir os efeitos benéficos acima descritos.

O Codificador ainda descreve outro ponto positivo das reuniões religiosas sérias: “... se o pensamento coletivo adquire força pelo número, um conjunto de pensamentos idênticos, tendo o bem por objetivo, terá mais força para neutralizar a ação dos maus Espíritos; assim, vemos que a tática destes últimos é impelir para a divisão e para o isolamento. Sozinho, o homem pode sucumbir, ao passo que, se sua vontade for corroborada por outras vontades, poderá resistir, segundo o axioma: A união faz a força, axioma verdadeiro no moral quanto no físico”.

   Acrescenta, ainda, o nobre Codificador: “Por outro lado, se a ação dos Espíritos malévolos pode ser paralisada por um pensamento comum, é evidente que a dos bons Espíritos será secundada. Sua influência salutar não encontrará obstáculos; não sendo os seus eflúvios fluídicos detidos por correntes contrárias, espalhar-se-ão sobre todos os assistentes, precisamente porque todos os terão atraído pelo pensamento, não cada um em proveito pessoal, mas em proveito de todos, conforme a lei da caridade”.

Na atualidade, lamentavelmente, vemos muitas famílias e pessoas afastadas dos templos religiosos, porque sintonizadas com as correrias e comodidades da vida moderna, preocupadas apenas com o usufruir, lembrando-se de Deus somente nos momentos de dor, de forma que perdem os inúmeros benefícios espirituais e morais que a religião pode ofertar.

Allan Kardec ao lançar a questão: “O Espiritismo é uma religião?” afirma que o conceito correto de religião, na sua acepção nata e verdadeira, “é um laço que religa os homens numa comunidade de sentimentos, de princípios e crenças... O efeito desse laço moral é o de estabelecer entre os que ele une, como consequência da comunidade de vistas e de sentimentos, a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas”.

Também se conceitua religião, com veracidade, como sendo a oportunidade de conexão da criatura com o Criador Celestial.

Entretanto, conforme nos orienta o Codificador, o conceito de religião foi sendo comprometido, distorcido ao longo do tempo, em razão dos ritos e formalismos criados pelo homem, de forma que, ”na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto”.

Dessa forma, Allan Kardec diz que: “Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral”.

Que notável a explicação do Codificador! O Espiritismo, de fato, é destituído de ritos, imagens, adorações e cultos, de forma que as pessoas, que trazem na intimidade o conceito distorcido de religião, têm dificuldade de entender o Espiritismo como religião.

Quando chegam à Casa Espírita pela primeira vez, são tomadas de espanto, dada a simplicidade do ambiente, que não tem imagens, santos, velas, ritualismos e autoridades religiosas.     

Allan Kardec ainda aborda os laços que deve unir os espíritas. Deve ser um “sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para todos, ou, por outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, desde que sabemos que os mortos sempre fazem parte da humanidade”.

Conclui o Codificador: “A caridade é a alma do Espiritismo”.

Assim sendo, na acepção correta da palavra religião, que é de conectar o homem a Deus e a si mesmo numa comunidade de sentimentos, de princípios e de crenças que o ajudarão a se tornar criaturas mais moralizadas, amorosas e nobres, certamente que o Espiritismo é uma religião, mas, repita-se, não uma religião comprometida com cultos, aparências exteriores, formalismos desnecessários e ritos repetitivos. 


A Síndrome do Orgulho Ferido - Melindre


A Síndrome do Orgulho Ferido - Melindre 



Melindre Originariamente, um simples e comum substantivo masculino, com o sutil significado de ser a delicadeza no trato, cuidado extremo em não magoar ou ofender por palavras ou obras.

É o que dizem os dicionários... 

Mas, curiosamente, no dia a dia de relação entre as pessoas, há mais significados, dependendo da ótica de quem o analisa. Se a visão é de quem provocou o melindre em alguém, fala mais alto seu sentido menor: suscetibilidade exagerada, escrúpulo, com profunda significação como agente das crises da sociedade humana. Se a visão é de quem se melindrou, o “paciente” liga tal sentimento a uma “justa” indignação, à injustiça e à ingratidão alheias, com uma acentuada pitada de sentimento melodramático de auto-piedade, de vítima. 

Entretanto, sem rebuscamentos, sem volteios, sem rodeios e sem metáforas, melindre quer dizer mesmo orgulho ferido, egoísmo contrariado, vez que não há um autor sequer consultado e que se propõe analisar a questão fora os dicionários que não afirme peremptoriamente que o melindre não seja um sentimento filho direto do orgulho, usando da síntese de um ilustre espírito-espírita. 

Tenhamos presente que uma célula da sociedade humana das mais representativas é a casa espírita, onde, lastimavelmente, também grassam interesses pessoais, desejos de destaque, arroubos de sabedoria, vaidades e tantos outros sentimentos iguais. Daí porque, quando menos se espera, surge o melindre... 

É o médium que não se conforma com a análise direta feita por companheiros estudiosos, quando ele, ao receber os Espíritos, bate os pés, as mãos, fala alto demais, repetitivamente, com linguagem às vezes inadequada, etc. Melindra-se e não aceita as observações e conselhos, retirando-se do trabalho ou isolando-se na crítica à casa e seus dirigentes. É o expositor que não cumpre os horários, nem o programa, que desvia sempre do assunto da palestra ou da aula, descambando para análises outras, não raro pessoais ou sem importância doutrinária, e que não aceita as recomendações da direção de manter-se fiel ao programa ou à conduta em classe ou na tribuna, melindrando-se com facilidade, afirmando que “nessa etapa da vida” não está mais para ouvir críticas “especialmente de quem sabe menos e é muito mais moço...” É o dirigente de área na casa que se julga auto-suficiente em tudo e não aceita conselhos e recomendações para melhoria do setor, ameaçando retirar-se, entregar o cargo, exigindo se promova reunião de diretoria para ouvir suas reclamações. É o diretor que tem sua proposição refugada e se sente desprestigiado, desaparecendo das reuniões e das assembléias. É até mesmo o doador de donativos, cujo nome foi omitido nos agradecimentos, magoando-se e fugindo a novas colaborações. 

E assim por diante... 

O que se ouve, em todos os exemplos citados, é mais ou menos o seguinte: “Não entendo o porquê de tanta injustiça comigo, tanta ingratidão... logo eu, que tanto fiz, que tanto dei de mim, que tanto ajudei...”, seguido de lamentações e, não raro, até de choro, entremeado de rasgos de vítima do mundo e de todos. 

O erro está, neste caso, em o melindrado esperar (e até exigir) gratidão de todos pelo trabalho que ele desenvolveu na Casa, confundindo obrigações com favores. Ora, obrigações não implicam de modo algum em gratidão, muito especialmente se levando em conta que quem as assume, o faz livremente. Daí, quando contrariado, ferido em seu orgulho pessoal, julga-se vítima de ingratidão, de injustiça... e ameaça retirar-se, quando não se esquiva definitivamente. 

Um lembrete rápido para reflexão: Jesus houvera curado dez leprosos numa única tarde; mas, quantos deles se detiveram para agradecer-lhe? Apenas um! Quando o Cristo voltou-se para seus discípulos e perguntou-lhes onde estariam os outros nove curados, todos já tinham desaparecido, sem sequer um agradecimento. E daí: Jesus se melindrou, desistiu da tarefa, julgou-os ingratos? Para pensar! 

Há mais uma agravante no fato que envolve o trabalhador descuidado: o melindre “propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.” (...) “Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.” 

Assiste razão integral ao preclaro Irmão X , a afirmar que “os melindres pessoais são parasitos destruidores das melhores organizações do espírito. Quando o disse-me-disse invade uma instituição, o demônio da intriga se incumbe de toldar a água viva do entendimento e da harmonia, aniquilando todas as sementes divinas do trabalho digno e do aperfeiçoamento espiritual.” 

Ouçamos, afinal, todos nós, trabalhadores da seara espírita, os simplíssimos mas altamente judiciosos e adequadíssimos conselhos de André Luiz, na cartilha de boa condução moral chamada Sinal Verde , assim vazados: 

“Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração. 
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja. 
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente. 
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estuda-la. 
Melindres arrasam as melhores plantações de amizades. 
Quem reclama, agrava as dificuldades. 
Não cultive ressentimentos. 
Melindrar-se, é um modo de perder as melhores situações. 
Não se aborreça, coopere. 
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro”. 

Contra os vermes corrosivos do egoísmo, da vaidade e do orgulho (ferido ou não!), recomenda-se o uso do antisséptico da Boa Nova, distribuído altruisticamente por Jesus, quando nos exorta: Se alguém quiser alcançar comigo a luz divina da ressurreição, negue a si mesmo, tome a cruz dos próprios deveres, cada dia, e siga os meus passos. 

PALAVRA DE SABEDORIA


PALAVRA DE SABEDORIA


A um é concedida, por meio do Espírito Santo, a limguagem da Sabedoria (1 Cor 12,8). Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a Deus ( Tg 1,5).

Pelo carisma da Palavra de ciência descobrimos o diagnóstico de Deus, pela Sabedoria descobrimos o que devemos fazer, segundo a orientação de Deus. É o próprio Deus quem nos orienta, quem nos apresenta a saída, quem nos indica o caminho a seguir.

O dom da Sabedoria nos ensina a agir, a fazer e a resolver segundo os desígnios do Espírito de Deus. Ele nos aponta uma solução vinda de Deus.

A manifestação do dom de Sabedoria pode ser muito simples.

A leitura de um livro, ou de um trecho da Bíblia, ou mesmo a contemplação de algo da natureza, pode nos levar a uma clareza profunda acerca de um problema, uma dificuldade, uma enfermidade ou uma dúvida que estejamos vivendo.

O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, ao optar pelo pecado, teve como conseqüência do afastamento de Deus um afastamento também do jeito de pensar de Deus. A sabedoria humana, imagem e semelhança da sabedoria divina, foi manchada pelo pecado. Por isso o ser humano muitas vezes não sabe que atitudes e que direção tomar diante de situações difíceis e de problemas específicos. Pelo dom da sabedoria, Deus vem em auxílio a esta fraqueza e se revela.

Deus se revela através de ações e de palavras, intimamente ligadas entre si e que se iluminam mutuamente. No número 53, o Catecismo nos ensina: Deus comunica-se gradualmente ao homem, prepara-o por etapas a acolher a Revelação sobrenatural que faz de si mesmo e que vai culminar na Pessoa e na missão do Verbo encarnado, Jesus Cristo.

Pela Palavra de Sabedoria, Deus nos revela como devemos agir em cada situação. Mas não é pura e simplesmente a capacidade humana de saber, nem se pode confundir com diplomacia ou astúcia.
Pelo dom da Sabedoria chegamos à grande graça de ver por dentro, sem superficialidade, cada situação. Pela graça da sabedoria vemos as coisas, as pessoas e os acontecimentos segundo a ótica de Deus e não a partir das aparências humanas.

A sabedoria atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza. Ela é um sopro do poder de Deus, uma irradiação límpida da glória do Todo-Poderoso; assim nenhuma mancha pode insinuar-se nela. É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade. Embora única, tudo pode; imutável em si mesma, renova todas as coisas. Ela se derrama de geração em geração  nas almas santas e forma os amigos e intérpretes de Deus, porque Deus somente ama quem vive com sabedoria! ( Sb 7,24b-28).

A  sabedoria de Deus nos revela como devemos agir em situações difíceis. Este foi o grande segredo do rei Salomão ( 1 Rs 3,16-28) quando precisou discernir qual das duas prostitutas era realmente a mãe verdadeira.

É importante ressaltar que os dons espirituais nunca excluem o humano. Deus nunca exclui o humano, pois é imagem e semelhança dele. Portanto, os dons e qualidades humanos são matérias que Deus usa para nos dar o dom da Sabedoria no momento oportuno.

O dom da Sabedoria não tem nada a ver com o iluminismo e nem com o achismo, tão comuns nos dias  de hoje. Muito menos está ligado ao sentimentalismo. O dom da Sabedoria, como todos os outros dons espirituais, está sempre em consonância com o Ensinamento Bíblico e com as Verdades Reveladas de nossa fé. Se a solução que nos vem é contrária à doutrina da Igreja, não podemos falar em dom de sabedoria carismática.

A palavra de sabedoria é um dom de orientação. Além de nos ensinar e explicara verdades da fé, leva-nos a perceber como devemos agir, segundo Deus, em cada situação. Ela leva pessoa a descobrir uma verdade existente em alo ou em alguém. Gera a convicção, a certeza espiritual.

Bendito seja o nome de Deus de eternidade em eternidade, porque a ele pertencem a sabedoria e o poder! É ele quem faz mudar os tempos e as circunstâncias; é ele quem depõe os reis e os enaltece; é ele quem revela os profundos secretos mistérios, quem conhece o que está mergulhado nas trevas, junto ao qual habita a luz ( Dn 2,20-22).

Meditação






Meditação






A meditação oferece o ensejo superior para o desnudamento íntimo,
com a resultante compreensão das ocorrências,
que passam, muitas vezes,
em tropel vertiginoso e infeliz.


Convida ao exame de atitudes, elevando o espírito às regiões dúlcidas
da Espiritualidade, onde o ser se dessedenta, se tranqüiliza,
abre portas à percepção e se emociona, identificando as próprias fraquezas
e descobrindo as potencialidades divinas que vem desprezando.


É convite de Deus, pela inspiração angélica, interfone para
conversações sem palavras...


Em momentos que tais, mensageiros felizes, enviados pela sintonia
automática, espontânea, do apelante mudo, acercam-se-lhe, e
com poderosas energias libertam o que sofre das
cordoalhas escravizadoras, ensejando-lhe aspirar psicosfera salutar,
em que se desintoxica, de modo a poder, doravante,
melhor discernir, e com mais segurança atuar corretamente.




(( Victor Hugo ))


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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Casais Acomodados



Disposição, tempo e vontade...ingredientes básicos e necessários para superar os desgastes dos relacionamentos e para preservar uma saudável vida em comum.

Quando a vida afetiva esvazia-se os parceiros encontram-se isolados e acreditam que não foram amados e muito menos compreendidos. Fogem dos conflitos e refugiam-se num mundo próprio onde impera a vitimosidade e a desqualificação do parceiro.

Os "raros" contatos afetivos e sexuais denunciam o desencontro e a deteriorização da relação e o casal passa a comunicar-se apenas para superar os desafios do cotidiano: contas a pagar, educação de filhos, dificuldades domésticas, enfim, cumprem as exigências necessárias para a sobrevida da família.

Esconder-se através de mágoas e ressentimentos apenas traduz uma acomodação insana, inadequada e inconveniente.

Talvez o mais importante seja enfrentar o desafio e principalmente manifestar ao parceiro suas necessidades e desejos, juntamente com claras evidências de que espera ser atendido na medida do possível, afinal, um precisa do outro, sim. Se estão unidos por vontade própria e uma vez conscientes da valiosa amorosidade existente no passado, nada melhor que a humildade de reconhecer a importância do outro.

As constantes lamúrias e queixas de um ou de ambos traduzem a necessidade de uma análise justa e comprometida com a verdade, procurando perceber as qualidades e mudanças positivas do parceiro, afinal, é possível fazer uso dos desentendimentos e desencontros para exercitar o diálogo e viabilizar negociações, revendo certas atitudes, assumindo as próprias falhas e principalmente visando um crescimento maduro do casal.

Focalizar a atenção apenas nos defeitos, apontar o dedo para recriminar, julgar-se o(a) coitadinho(a) da relação apenas demonstra a imensa dificuldade de assumir e aceitar quem realmente somos. Por vezes fica difícil enxergar que quase tudo o que recriminamos e desprezamos no parceiro está muito mais presente em nosso próprio comportamento, pensamentos e valores do que no outro.

Assim, é evidente a importância de mudar o foco, redirecionar o olhar e afastar atitudes agressivas de menosprezo que desgastam e rompem elos valiosos e, que além de inviabilizar a solução dos conflitos, deixam marcas definitivamente negativas para o casal.

Sabemos que todos nós queremos acertar sempre e que erramos porque somos "desajeitados", muitas vezes não sabemos como agradar e acabamos sendo mal compreendidos ou até mesmo ferimos quem amamos por não saber expressar nossa real intenção.

Retomar um passado onde os sonhos e valores caminhavam em uma única direção e quando a vontade de ficar juntos era despertada a cada instante pode trazer algumas saídas para descobrir como e porquê ocorrem o desvirtuamento e abandono das metas e, por que não dizer, saídas para reinventar o amor?

Poema da Gratidão

Poema da Gratidão

Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.
Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos veem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver meu amor.
Mas diante da minha visão
Eu detecto cegos guiando na escuridão
que tropeçam na multidão
que choram na solidão.
Por eles eu oro e a ti imploro comiseração
porque eu sei que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!

Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir
Porque eu sei
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!

Obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
Pela voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
Que trauteia uma canção
E que o Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodia
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia.
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão!

Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!

Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!

Obrigado Senhor!
Porque me posso movimentar.
Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque eu vejo na Terra
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar.
Eu oro por eles
Porque eu sei, que depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!


Obrigado por fim, pelo meu Lar.
É tão maravilhoso ter um lar!
Não é importante se este Lar é uma mansão,
se é uma favela, uma tapera, um ninho,
um grabato de dor, um bangalô,
uma casa do caminho ou seja lá o que for.

Que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
A companhia de um cão
Alguém que nos dê a mão!

Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um teto para me agasalhar,
nem uma cama para me deitar
Nem aí reclamarei.
Pelo contrário, eu te direi

Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!


Amália Rodrigues /Divaldo Pereira Franco

A força do pensamento



Se conseguíssemos dimensionar a força que têm nossos pensamentos, com certeza seríamos muito mais atenciosos com eles.
Pensamentos têm forma. São criações invisíveis aos nossos olhos que caminham pelo espaço. Vão até onde os seus criadores os orientam, enviando bons fluídos ou fluídos destrutivos, conforme a vontade do emissor.
Nossa criação mental é grande responsável pelas coisas darem certo ou errado em nossas vidas.
Faça uma análise sincera dos seus pensamentos atuais. Eles revelam o que você é, na realidade, indiferente da imagem que você - mesmo inconsciente - tenta passar a todos diariamente.
Somos imperfeitos, e por isso ainda temos uma tendência a fazer mal uso da criação de nossos pensamentos. Emitimos pensamentos de inveja, de cólera, de ciúmes e de outras tantas paixões inferiores às quais ainda nos vemos presos... Mas é necessário começarmos a nos reeducar utilizando da melhor maneira possível esta ferramenta fabulosa , que muito pode produzir em nosso favor quando bem utilizada.
Se você pensa no pior, está atraindo pra si o pior. Está dando condições para que o pior aconteça.
Se você tende a pensar de forma pessimista, tende a ser um derrotado eterno.
De início é difícil controlar alguns pensamentos. Principalmente os que se relacionam ao pessimismo. Mas chegará a hora em que o pessimista, que se julga um infeliz e esquecido, entenderá que não existe melhora até que ele pense e reaja para esta melhora. Atitude é tudo, inclusive no nosso pensar...
Pessoas que só falam de doenças, de dor, de sofrimento, de morte, vivem mergulhadas em pensamentos negativos, atraindo pra si entidades também infelizes e sofredoras. Entram em um círculo vicioso e caem. Não sabem ainda da força que seus pensamentos têm sobre seu destino, tanto para a criação de uma vida melhor como para sua própria destruição.
Portanto, criemos ao redor de nós, com bons pensamentos, situações favoráveis à nossa jornada evolutiva.
Vamos viver alimentando sempre o melhor que existe em nós para que esse melhor cresça e se desenvolva, criando um ambiente propício ao nosso bem-estar.
Vamos trabalhar positivamente em nossa fábrica interior de criações, voltando-a para o bem, para o amor, para o positivo, para a alegria, para o ânimo, para a persistência, para o trabalho, para a fé, para a vontade de viver e para a força na ação, pois depois de tanto PENSAR positivo, é necessário AGIR de forma condizente, criando-se então a forma plena de uma vida mais feliz para nós mesmos e para todos que convivem conosco.
Seu pensamento têm força! Utilize-o a seu favor!
Pense positivo e aja.
Sorria para a vida e ela sorrirá sempre de volta a você.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PORTO DE SEGURANÇA

PORTO  DE  SEGURANÇA

       Desde quando te deixaste arrebatar pela mensagem espírita, que te vês a braços com muitas dores, somadas às tuas próprias dores.
        A princípio, atribuías que a revelação te libertaria do sofrimento, facultando-te uma diferente visão da vida e dos acontecimentos.
        E estavas com a razão.
        A questão, no entanto, é de óptica. Mediante a fé compreendes melhor as causas e as finalidades da existência corporal bem como a sua importância para o espírito, modificando os conceitos que mantinhas.
        Isto não quer dizer que seriam eliminados esses efeitos que te alcançam, mas que te ajudaria a gerar causas positivas para uma sega porvindoura.
        Aumenta-te a capacidade de compreensão, o serviço se te apresenta como elemento libertador.
        Desse modo, tens ouvidos e palavra, interesse e disposição para auxiliar o próximo que transita sem rumo e sem apoio.
        Não estranhes que te busquem os aflitos e os aturdidos, os ignorantes e os agressivos.
        Dão-te a oportunidade feliz de crescimento pessoal e de felicidade pelo que lhes possa doar.
        Unge-te de coragem e atende-os, sustentando-lhes a força antes da queda total.
        A Terra é escola de reabilitação e aprendizagem.
        Conforme cada discípulo portar-se hoje, assim viverá amanhã, o que também respeita ao presente em relação ao passado.
        Apresenta-te feliz, considerando ser buscado a ajudar, ao invés de estares buscando o auxílio na ignorância das Leis.
        Não relacionem os problemas que decorrem do cansaço e da continuidade volumosa que te assoberbam cada dia.
        Se muitos te procuram, é porque algo em ti encontram, que lhes faz bem.
        Coloca-te no lugar deles e perceberás quanto gostarias de receber...
        Assim, não te escuses de contribuir.
        Se te sentes necessitado de apoio, este não te falta, porquanto já podes dirigir-te diretamente ao Supremo Doador, que te não deixa em desamparo, conforme ocorre em relação a todos e a tudo, com a diferença, que somente poucos se fazem receptivos àquele auxílio.
        Apoia-te na fé robusta e transfere as alegrias e comodidades para mais tarde, as que agora não podes fruir, em razão da assistência que deves dispensar aos desesperados.
        Quando nos dispomos a ajudar, adquirimos uma aura magnética que irradia reconforto e atrai os necessitados de socorro.
        Talvez se te apeguem e produzam mal-estar.
        Possivelmente, extorquirão as reservas de energias daqueles a quem buscam, numa exploração que não tem sentido.
        Provável que se não beneficiem, mesmo quando ajudados...
        Estas, porém são questões que não podes resolver.
        Deixa-te conduzir pela esperança e esparze-a, mesmo que sofrendo, sem o dizer, e colocado numa situação de que não tens problemas, o que não corresponde à verdade, prosseguindo, afável e confiante, no rumo do futuro onde está o porto de segurança de todos nós.


(De “OTIMISMO”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis

Causa dano psicológico à criança um casal homossexual adotá-la?

Causa dano psicológico à criança um casal homossexual adotá-la?




Há alguns meses na cidade de São Paulo participei de seminário sobre homossexualidade com renomado psicólogo.

Uma das perguntas endereçadas a ele foi a seguinte: Qual o dano psicológico para uma criança se for adotada por um casal homossexual?

Sua resposta foi: Nenhum dano psicológico, porquanto o fundamental não é a opção sexual dos pais, mas, sim, as referências de pai e mãe que a criança deve ter em sua educação. E continuou o aluno a perguntar: Mas esta criança não poderá ser homossexual como seus pais? Bem, disse ele, lembre-se, meu caro amigo, que todo homossexual é filho de um casal heterossexual.

Por qual razão abordo este assunto aqui? É que dias atrás ministrei palestra sobre o tema família em um centro espírita e, claro, o assunto abordado neste texto foi motivo de muitas indagações.

Pode ser considerada família esta composição: Papai, papai e filhinhos? Ou: Mamãe, mamãe e filhinhos?

Pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo), uma das mais renomadas universidades de nosso país, e coordenada por Ricardo Vieira de Souza, corrobora com os dizeres do conferencista acima, de que não há danos psicológicos para a criança adotada por casais homossexuais, porquanto, como já dissemos, o relevante é a referência de pai e mãe, ou seja, os papéis  desempenhados pelo casal.

Portanto, pode ser considerada uma família casais homossexuais que adotam crianças, sem qualquer problema.

Você poderá me indagar: Mas então você é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo?

Não sou a favor e nem contra. Também não estou em cima do muro. Sou a favor da felicidade, do amor e de crianças bem cuidadas, que recebam carinho e afeto, enfim, uma boa educação.

Sabe o que causa dano psicológico a uma criança? Violência seja física ou psicológica. O que causa danos são os pais espancando-se, agredindo-se com palavras de baixo calão ou fazendo chantagens emocionais... Amar alguém não causa dano algum, jamais causará dano quando se quer bem um ser humano.

Jesus, em sua infinita sabedoria afirmou que o importante desta vida é amar fazendo ao próximo tudo aquilo que queremos nos seja feito.

Ora, como cristãos e espíritas cabe-nos exercitar o amor não julgando situações que nos escapam ao alcance. Desconhecemos o histórico espiritual das pessoas envolvidas, dos homossexuais e também dos heterossexuais, logo, é complicadíssimo qualquer julgamento sobre alguém que está simplesmente utilizando o seu direito de amar.

Já nos disse Kardec que a natureza deu ao homem a necessidade de amar e ser amado.

Maravilha de mensagem!

Portanto, papai, papai e filhinho e mamãe, mamãe e filhinho só causarão dano à criança se não tiverem amor um pelo outro...

Nunca se perde por amor... Nunca se perde... Seja de mesmo sexo ou sexo oposto, quando se tem amor tudo se resolve.


domingo, 8 de setembro de 2013

AFLIÇÃO VAZIA

AFLIÇÃO  VAZIA
 
  Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.  Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.  No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.  Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.  Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...  Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.  Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.  Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.      

ENCONTRO MARCADO

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL

PACIÊNCIA E VIDA

PACIÊNCIA E VIDA
        Tudo é obra de paciência, nos domínios da Natureza.
        A água de que te serves atravessou numerosos obstáculos até que borbulhasse na fonte.
        O fruto que saboreias é obra-prima da vida, associada à abnegação do pomicultor que lhe seguiu, dia-a-dia, o desenvolvimento e a maturação.
        Quanto tempo haverá despendido a Criação na estrutura do solo em que se te situa a existência?
        Quantos dias foram gastos pela natureza, a fim de que usufruas o corpo em que habitas?
        Em toda parte, se analisas a vida que te cerca, através da luz que a meditação nos acende no íntimo, surpreenderás a paciência agindo e servindo.
        Pensa nisso e usa a serenidade construtiva seja onde for.
        Se dificuldades te visitam a estrada, procura superá-las sem precipitação.
        Se provações te vergastam, continua nas tarefas que o mundo te confiou, lembrando-te de que a paciência age construindo sempre.
        Quando as crises da jornada humana te surjam inevitáveis, não recorras à violência ou à rebeldia.
Acalma-te, trabalha e espera, recordando que a paciência no engrandecimento da vida é a força essencial no trabalho de Deus.


(De “Neste instante”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel)

TUAS DIFICULDADES

TUAS DIFICULDADES
     
Imagina como seria difícil de suportar um educandário em que os alunos tão-somente soubessem chorar na hora do ensino.
Consideremos, pois, a Terra nossa escola multimilenária, cumprindo-nos receber-lhe as dificuldades por lições úteis e objetivas.
       Diante dos obstáculos, ninguém precisa fixar-se no lado escuro que apresentem.
       Um náufrago, ao sabor das ondas, não se lembrará de examinar o lodo no fundo das águas, mas refletirá no melhor meio de alcançar a terra firme.
       Minuto de queixa é minuto perdido, arruinando talentos preciosos para a solução dos problemas.
       Toda prova aparece para elastecer-nos a força e aperfeiçoar-nos a experiência.
       Quase toda dificuldade implica sofrimento e sofrimento, mormente os que não criamos, redunda em renovação e auxílio para nós mesmos.
       Encaremos os obstáculos da vida sem receio. Cada qual deles nos traz mensagem determinada: um desafia a paciência; outro pede amor...
       Compreende e suporta, constrói e beneficia.
       Tuas dificuldades – tuas bênçãos.
        

.Emmanuel / Médium Chico Xavier

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CARIDADE ENTRE NÓS

CARIDADE ENTRE NÓS
Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Doutrina e Vida. Lição nº 05. Página 37.
A Doutrina Espírita no amparo do Cristo de Deus é o campo de serviço, a que somos chamados para agir em Seu Nome.
Compreendemos que todos comparecemos ao engajamento, tais quais somos e como estamos: - em dívida ou em luta, carregando o fardo de nossas imperfeições e conflitos.
E, unicamente trabalhando, encontraremos o desgaste das forças que nos compete alijar de modo a servir com segurança.
Por isto mesmo, não nos esqueçamos:
- se a dificuldade aparece, sejamos o ponto que favoreça a supressão dos obstáculos, sem agravá-los;
- se a discórdia nos impele a tumulto, recorramos à paz sem menosprezo da verdade, colocando a verdade em amor, a fim de que o amor nos reúna acima de quaisquer circunstâncias, procurando os objetivos que nos cabe atingir;
- se a sombra nos envolve, acendamos a luz da oração, por dentro de nós, com a certeza de que se a prece nem sempre modifica o ambiente externo de nossas realizações, sempre nos rearmonizará, no íntimo da alma, induzindo-nos a ver com clareza e entendimento as questões do caminho;
- se a provação nos visita, usemos a paciência que o conhecimento da realidade nos infude, reconhecendo que não bastará medir o sofrimento para extingui-lo e sim trabalhar incessantemente no auxílio aos outros, porque através dos outros, o Senhor nos estenderá o socorro necessário;
- se incompreensões nos examinam a capacidade de amar, convertamos-nos em companheiros mais dedicados ao bem daqueles irmãos que, porventura, se nos façam instrumentos de melhoria espiritual;
- se a crítica surge à frente, busquemos anatomizá-la, a fim de assimilar-lhe as lições justas, desfazendo enganos ou refazendo tarefas, sinceramente dispostos a contribuir no sustento da harmonia geral;
- se recursos escasseiam na hora em nossas mãos, doemos um tanto mais de nós mesmos, em serviço e compreensão, no socorro às necessidades alheias, convencidos de que pelo idioma inarticulado do dever cumprido, Deus suscitará novos cooperadores e companheiros que nos reforçarão as possibilidades nas tarefas que nos reclamam presença e atividade, no dia a dia;
- se óbices, reparações, desuniões, fracassos, sofrimentos, desistências, desafios, lágrimas, deserções, conflitos e tribulações, sejam quais sejam, aparecerem juntos de nós, que a luz de nossa fé se transforme em nós no recurso preciso a fim de que os esquemas do Cristo se façam realizados por nós, com o esquecimento de nós mesmos.
Nesse caminho da caridade, devemos seguir todos, porque se fora dela não há recuperação para ninguém, fora do serviço que a expressa nenhum de nossos problemas encontrará solução.

MÉDIUNS E MEDIUNIDADE

MÉDIUNS E MEDIUNIDADE

            Um grande número de indivíduos procura o Centro Espírita com um diagnóstico próprio ou de terceiros, afirmando que a mediunidade está prejudicando suas existências físicas e lhes causando sérios problemas.
            Desfilam queixas e lamentações descabidas, asseverando uns, que se fosse para libertá-los dos vexames, estariam prontos para iniciar o desenvolvimento da faculdade de que se dizem portadores; outros, todavia, numa atitude irreverente, preferem solicitar pura e simplesmente uma fórmula milagrosa, a fim de se livrarem, segundo eles, dessa cruz que lhes está a impingir sofrimentos injustos. Terminam, via de regra, com a seguinte frase: “Nunca pedi a Deus tal faculdade!”...
            Torna-se necessário esclarecer de imediato que a mediunidade nunca foi fator de desditas e nem tampouco, o querer desenvolvê-la ou o deixar de fazê-lo propiciará a alguém liberar-se dos compromissos conscienciais assumidos nas próprias provações escolhidas ou aceitas antes do processo reencarnatório.
            Para que fique bem claro, a faculdade medianímica, conforme preceituou Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, é neutra, instrumento de trabalho que se manifesta através de uma predisposição psicofísica capaz de produzir quando utilizada para a prática do bem ao próximo sem qualquer interesse subalterno, o ressarcimento de pesados débitos do seu portador catalogados na Contabilidade Divina, além de ser um caminho de evolução moral-espiritual.
            Todos os males assinalados nos seres humanos têm as suas matrizes na tecelagem sutil do perispírito. Ali se encontram os registros da boa ou má utilização que se faz dos patrimônios que a Vida a todos nos concede. O mau uso desses valores fica regido pelas consequências dos atos perpetrados pelos indivíduos no uso do seu livre-arbítrio, obrigando-os, para efeito reeducativo, a serem os seus próprios herdeiros. Em decorrência disso, assevera a concepção espírita de que ninguém sofre injustamente, nem por imposição da Divindade. Colhemos o que semeamos.
            Portanto, esses que se fazem passar hoje, como vítimas inocentes, são facilmente identificados, embora estejam numa nova indumentária carnal. Como a individualidade não se consome na sepultura na feição de espírito imortal, eles retornam ao palco da existência física com a finalidade de se submeterem ao impositivo da lei de progresso. São os trânsfugas da Lei Divina, escrita na consciência individual de cada ser inteligente, procurando fugir de si mesmos, atormentados por um passado culposo e um presente vazio de realizações na arte de amar. Injustamente, transferem para a mediunidade, o motivo das suas frustrações e infelicidades...
            Pergunta-se, então: são todos, os que assim sofrem, realmente médiuns, na acepção exata da palavra? Precisam desenvolver de pronto a faculdade que existe latente em todos eles? Obviamente, que a resposta é negativa. A maioria deles constituem-se de Espíritos encarnados acicatados por profundas exulcerações morais de difíceis cicatrizações.
            Portadores de doenças espirituais, necessitados de assistência espiritual de longo curso, mas que se resolvessem a beber a água lustral do Evangelho de Jesus Cristo, encontrariam a cura antecipada para os sofrimentos atuais.
            No entanto, uma parcela deles possui o afloramento da mediunidade ostensiva precisando desenvolvê-la e educá-la para tornarem-se instrumentos hábeis nas mãos dos Instrutores Espirituais. Por falta de definição com respeito aos compromissos assumidos no Mundo Espiritual para o labor em benefício dos sofredores da Erraticidade inferior com os quais sintonizam, absorvem as vibrações enfermiças dessas entidades acarretando-lhes distúrbios emocionais de toda ordem, inclusive obsessões pertinazes de caráter pandêmico.
            Devem ser acolhidos no Setor de Atendimento Fraterno para orientá-los, a fim de incorporarem-se aos grupos de estudo da doutrina espírita, frequentarem as reuniões públicas doutrinárias, receberem o benefício da bioenergia, sorver a água fluidificada e, caso seja necessário, pela persistência de sintomas orgânicos, buscar a assistência médica especializada.
            Esta é a fase de desintoxicação dos fluidos enfermiços a que estão habituados, causa das chamadas doenças enigmáticas. Conforme a disposição de cada um e o interesse que demonstrar em se renovar moralmente, começam a sentir depois de sua integração no Centro Espírita os efeitos salutares da terapêutica recomendada, com reflexos imediatos no psiquismo e na saúde física.
            Para efeito de uma melhor aclimatação aos hábitos novos adquiridos, hão que encontrar tempo paras reflexões necessárias. Como consequência de uma nova ordem de ideias de que se vão tomando conhecimento, o melhor seria oferecerem-se para pequenas tarefas, o laborterapia, indispensáveis para a harmonização interior. Em seguida, por deliberação espontânea, solicitar permissão a quem de direito para ingressar em grupamento mediúnico na Casa Espírita da sua opção.