A Caminho da Luz

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

EUCARISTIA

EUCARISTIA


Intensa luminosidade fluido do sacrificio, envolvendo todo o material do culto, mas, surpreendido, reparei que o sacerdote, ao erguer a oferta sublime, apagou a luz que a revestia com os raios cinzento-escuros que ele proprio expedia em todas as direçoes. Logo apos, quando se preparou a distribuir o alimento eucaristico entre os onze comungantes que se prosternavam, humildes, ?mesa adornada de alvo linho, notei que as hostias, no prateado recipiente que as custodiava, eram. autenticas flores de farinha, coroadas de doce esplendor. Irradiavam luz com tanta força que o magnetismo obscuro das maos do ministro nao conseguia inutilizar-las. Todavia, ?frente da boca que se dispunha a receber o pao simbolico, enegreciam como por encanto. Somente uma senhora, ainda jovem, cuja contri玢o era irrepreensivel, recolheu a flor divina com a pureza desejavel. Vi a hostia, qual foco de fluidos luminescentes, atravessar a faringe, alojando-se-lhe a claridade em pleno coraçao.
Intrigado, procurei ouvir o Instrutor. que, muito ponderado, elucidou sem delonga:
– Apreendeste a livro? O celebrante, apesar de consagrado para o culto, ?ateu e gozador dos sentidos, sem esforço interior de sublimae por髉ria. A mente dele paira longe do altar. Acha-se sumamente interessado em terminar a cerimonia com brevidade, de modo a nos perder uma alegre excursçao em perspectiva. Quanto aos que compareceram ?mesa da eucaristia, cheios de sentimentos rasteiros e sombrios, eles mesmos se incumbem de anular as dadivas celestes, antes que lhes tragam beneficios imerecidos. Temos aqui grande quantidade de crentes titulares, mas muito poucos amigos do Cristo e servidores do bem.
O “ite, missa est” dispersou os filhos que, ao fim da reuniao, mais se assemelhavam a barulhento bando de passarinhos de bela plumagem.


Francisco C鈔dido Xavier/ Andr?Luiz

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